Apesar da insuficiência confirmativa da realidade,
Das viagens
que me acomodam em inexistência,
da escuridão dessa coisa qualquer,
Dessas ruas
ébrias sobre sua beleza certa...
É tudo mais forte que isso.
Te pensar é um insosso vandalismo em mim,
Uma construção externa de existencialismo tosco.
Não há foco.
Só que... Se sorrio é
para melhor te invadir.
Um devaneio que não te quer e não te beija
te ama sem
te ver,
Te tatua pela dor,
chorando e agarrando através de silêncio,
Que vaga
Nas calçadas
abatidas de algum lugar qualquer...
Meus olhos se
tropeçam parados
Como nada que
possa descrever,
Porque não há porta
mais estreita do que o enigma
Que inverna
sua face.
Esse desespero - bom ou ruim-
uma confirmação cega num diálogo entre ausentes,
Surge como quando por ai te percebo,
Surdo.
Mas ainda sem te ver,
eu te atravesso com um jeito longo-
Quando durmo e
quando nunca te toquei,
Quando nunca
te sonhei
Quando ali você sorri
Em mero desengano,
Sem rédea, sem jeito, sem dono.
Tão forte como o "para nunca
mais."
Em um único alívio breve, você sorri
Bem branda, sem foto. Sorri.
Ainda que haja
um deserto em meu abandono.