quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Chuva

Destoa a imensidão inigualável das águas claras,
Como fontes amanhecidas de um gesto sem sujeito.
Nas ruas estão seus olhos e muitos outros, quase distantes e abraçados.
Enquanto ando, vejo meu copo cheio.

Nesses dias de chuva, eu sou mais um cartão manchado
E uma piscina que flutua quieta, na romântica mente de Verão distante.
Não chove quanto o céu trovoa, meu copo não enche enquanto chove
Pela Voluntários da Pátria a poesia, à noite, é gritante.
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Destoa e escuridão surda das águas turvas,
Pelo céu cheio em nossos peitos lotados de acaso,
É invariável e aventureiro o beijo frio, escondido em suas curvas. 

As luzes cansadas alcançam as sombras das gotas desenfreadas,
Que se desmancham por esses amores grafitados, em muros abandonados.
 Eh, Menina...
Ando torto em linha, olho a chuva  fina ...
Fina.

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