terça-feira, 18 de maio de 2010

Perpétuo

Tenho , apenas, fugaz força para gritar
Enquanto, rouca, sangra a minha voz.
Tua beleza é uma corvardia, um escândalo,
E meu apego, tentativa insubsistente de amar.

Não me quero, jamais, perpétuo e insistente
Carregando o fardo da solitária madrugada,
Pois um dia não mais existirás, a não ser em meu peito ausente.
Não me encontrarás a te esperar... Limpa e calada.

Tenho minhas grades e as paredes de veludo,
Pro grito que, exasperado, soca e descansa
Dormindo, eterno, na dança de não ter o pouco do tudo...

Corroído no ácido âmago, dentro de mim.
Não queria-te, assim, platônica...E pelo sossego,
Eu cavaria, ainda que com as mãos cortadas, o meu fim.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Força (Liberta) de viagem -?-

Ímpeto de,por hora,não ter
O que se querer deixar...
Para ir,não é preciso ver
Ou ser ,ao menos,preciso.

Olhos cerrados , sem certeza
São vulneráveis à paixão.
A força é uma deliciosa ilusão
De conserto e do contrário,
Viagem sem perdão.

Perder e olhar para trás,
Ter a saudade ao deslumbrar
O horizonte sem fim...(Venta demais!)
Dramatizar a possibilidade desse todo não voltar.

.Viajar,

-Realmente,não sei dizer o que nasce tão vivo sobre minha vontade,não sei explicar, ao menos, o que se converte em amor.Olho a virada de cada dia,sem enxergar ,contudo,algum governo menor em nós.Não acho,enquanto sinto, palavras mais profundas que abriguem um espaço menos limitado de minha razão.Eu queria viajar por outros olhos,nadando na emoção de cada lágrima,de cada brilho,de cada instante,na alegria,na tristeza,no ímpeto do impulso de satisfação,pois claro,afloram todos verdadeiros.Escrever,cantar,errar,ou então nada dizer,por ficar,assim,melhor.E desta forma,dormir feliz , sem precisar sonhar com um corpo tão ideal.-

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Liberdade

Sentir que

Venta... raro cheiro de liberdade,

Sem crença;

Venta um vulto com a vontade

De andar por anarquia.E cantar,

Dançar;

Amor é coisa que não se prende;

-Tá na estrada a voar-

Andar é liberdade de se enganar...

Não se entende,

Autonomia de,talvez, não ficar.

Estar nessa

É ver, num sol e brilhos seus,

Que Liberdade ,como a alegria no caos,

É sempre livre de deus!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Na dor,Distração e Liberdade

Há urgência em teus olhos,
Ou nos meus,pesados a cada noite.
Há sufoco na angústia
E pouca voz em nossa fala.

Abraço-me,escandaloso,com todo amor,
Na dor,prazeroso e egoísta,
Voando contra a liberdade altruísta.
Em nossos olhos, não vejo cor!

Neste escuro,jogo o azar pelo teu beijo,
Se rir é desespero,chorar é falso apego.
Louco alucinado é um modo em que me vejo,
O qual a harmonia é um frustrante desemprego.

Há euforia nesta lágrima,em meu semblante cheio,
Venero-te,te quero,te espero
Enquanto, te cuspo,te enterro,te amo e te odeio!

Se existes,confesso que nao sei,
Contudo,berrando, eu cansei,eu ousei
No interno latifúndio inócuo,onde sou o rei,

Do olhar cheio d´água,sem interior vão,
Pois tristes e vazios ,no deserto,estão
Aqueles que nunca sofreram de paixão.

Distrativa,insultada,inventada,ou não!