quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Chuva II

É à  passos que os meus pensamentos andam contra o sol,
Atrás do seu cheiro de chuva, do cheiro inundado de sua boca
Que marca as lentes embaçadas das garrafas que encontro ao meio-fio
- Soltas -
O céu pesa com o contraste indescritível das gotas leves.

Janeiro nunca foi tão igual, indecifrável em meus ombros.
Chove no sorriso da minha saudade; e eu queria dizer que você é linda.
Qualquer foto me faz pensar, sob a cortina imunda dos borrões :
Janeiro nunca foi tão desigual em meus sonhos!

E todas as cervejas são insignificantes e milhões,
 Alargam as membranas dos olhos sobre a imensidão dessas ruas...
E é pelos becos que desabam, violentas, as gotas da poesia.

Só digo ao relâmpago que não sei se você riria,
Pois foi há quase infinitos goles que te vi, e nem tanto.
Sei que chove mais um dia, enquanto viajo, ando... Ando.

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