domingo, 13 de setembro de 2009

De costas

Sobre as linhas tortas de uma rua de pedras,a vi como um vulto caindo em qualquer tarde,em qualquer braço vulgar.Um som batia e ofuscava-se dentro de mim,um nó na garganta,ruim.Mas estava ali.Não olhei em seus olhos.
Mais tarde,beijei-a...
Na sede de um deserto...
Como se Amarrado em uma teia,
Sem algum cuidado meu,ao certo...
E tudo vi,e o que eu sei....não sei...
Pois seus olhos,não olhei...

Se eram escuros como minha noite,
Só podiam assim entregar vento..àquilo que larguei
A não saber mais,até nos lábios de um tardar afoite...
Como cômodo num infinito distante,olhar em seus olhos não ousei....

E foram-se os segundos derramando,
Na pressa de cada minuto,
De cada hora cara em luto,
Dos dias,em minha face,se passando...
E cada beijo por ficar....
E o nada me tomando e tomando,levando...e ficando...
Ar!
O que há em tais olhos a olhar?

Se esse incêndio não tem chama,
Se pra fantasma não há lama...
Não gama,
Não ama...minha gana...

Se ei...Sei...
Que até,quando pela ultima vez a vi,
Enquanto,por todos os lados, não vivi,
Para seus olhos não pisquei.

E de outras iguais, eram todos os gestos seus...
Tão parios à pares,em sentimentos "par"...
Pescados em esquinas e bares,fechados,em mim,eu sei o que há...
O que foi...Pois olhando em tais olhos sem deus,
Morreria de medo em ver os meus.









Edge;)

3 comentários:

  1. da-lhe edge!
    tentei comentar antes.. tinha feito até um verso bonitinho... mas nao foi. gostei da trilha sonora! :)

    ResponderExcluir
  2. Lindo poema,que fica ainda mais lindo com uma bela trilha sonora.

    =*

    ResponderExcluir
  3. Parabéns! tá muito manero seu blog!! e os poemas tbm!

    ResponderExcluir