E o deserto me chama,entardecido,de vários lugares
Arranhando meu peito seco contra ,no sentimento que rodeia
A lágrima evaporando,a gota mais fina de areia
Dos distantes e remotos lares.
Onde morará o que nos cruzou?
Pois agora,aqui e lá,não poderá mais viver,
Assim como a nata exasperada evaporou...
Em minha voz viajante, que tanto te berrou.
Arrebentada e exausta à ventania
Que com tanto sangue me levou.
Cogitando sorver o que sou.
E o porquê do que estou,dentro daquilo que seria.
Se o espinho fugido me cega em seu semblante,
Derramando seu olvido eternamente,
Em minha profundeza pagã,
Esfolada,sã e irradiante,
Meu desabrigo ocupante,
Como se o vento não levasse dor que sente.
Queria te esquecer crente,por hoje ,apenas,até amanhã.
E depois e depois,a perder a conta dos dias adiante.
...adiante...
E se olhar pra trás e me ver,
Tenha certeza que não estarei ali,
Não estarei mais aqui,
A te prender.
Não estarei mais a vir,
Quão menos a partir.
Não estarei mais em ti!
Assim,viajarei sem rastro,por todo o inverno
Em tardes,noites e manhãs,a ser....
Parte do eterno.
Edge;)
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