segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Manhã de percepção

Sopros e cores de muitos amores.
E dores de poucas palavras feitas,
Tão mudas e brancas de sabores
Puros e antônimos de vida sem receitas.

Calçadas de anônimas multidões.
Imagens são forças de linguagens
Analfabetas de paixões,
Na mesmice de retrógadas passagens.

Enxerga-se com os olhos de não por sim,
Não se destrói os conceitos,
Vive-se em campo de preceitos.
Receios de algo que possa ser fim.

E o que passa... As eras.
E o que tu eras,
Entre o chá e o bocejo,
Entre os olhares e o beijo?

O espírito do tempo respirado,
Tragado,lentamente,de forma bruta,aspirado.
Na espera tem-se a vida -Vi da gruta que saí,
Por meio à chuva,que ter não é enxergar,não é sentir.-.

2 comentários:

  1. Vi seu poema numa comunidade e tinha o link do seu blog. Os dois poemas estão lindos. Esse eu gostei muito, muito mesmo. Tem muita sincronia, muita beleza nas palavras. :)

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  2. Edge, eu já disse que gosto muito dos seus poemas e gosto mais ainda desse cuidado que você tem em enxergar o que parece simples e óbvio e não é.

    e também da musicalidade que saem dos seus versos, elas prendem a gente... =)

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