Uma piada mal contada e um centavo de desconfiança,
Chorar a pouca aposta do provável, e depois sorrir.
Fui te perder e me prender sem ter fiança,
Sou um bandido inocente , sem idéias para mentir.
Tenho mil motivos para idealizar um filme de drama,
De salvar o vilão e matar a dama.
De negar o prazer de quem ama,
E vulgarizar o cenário de uma cama.
Tenho remédios amargos, cigarros sem marca, assoalhos...
Panos, jogos , drinques , truques e retalhos.
O hipérbato, a hipérbole e alguma cura ,
O raciocínio e a gargalhada da loucura.
Sem muita hora, agora, tenho uma tragédia engraçada,
E mil motivos para não chorar, em seu sorriso de ausência.
Tenho tanto que tropeço em minha palavra roubada.
Sou ator, que morre, sangrado , na vivência...
E , aos berros, descansa com a dormência!
Depois, acorda pros lábios, divorciados com o teatro.Não há aplauso.
Então, pauso. Roubo mil motivos para não sofrer, e agradeço...
Pois paixão imperecível não desfila por preço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário