quarta-feira, 3 de março de 2010

Chocolate amargo

Ontem à noite, a saliva grudou junto à língua como um estalo rente à pele, com um princípio doce e um cheiro cítrico. Uma forma de secar-se e amar, incessantemente, a finura do chocolate amargo. Um frio carregado ao nada veio, relutante à respiração vaporosa da descoberta, quando uma pergunta atacou, em meio o toque, derramada por silêncio. Como tornou-se um tato, a solidão tão cega dos olhos chorosos pelo escuro?

Então, irrigando rostos doces da fala desértica, a chuva caiu... Como uma só intriga.

Um comentário:

  1. "Como tornou-se um tato,a solidão tão cega dos olhos chorosos pelo escuro?"
    você é.... sem palavras.

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