sábado, 1 de outubro de 2011

Rebobinada boba

Andando indiferentemente nua, longe, vagando na lua
Te vi pelo eterno deserto das cores da rua...
Respirando e respirando pelo suor de seus sonhos
De banhos de beijos, de ensaios de enganos...
Sorrindo desenganos , sobras agudas e impuras

Da tatuagem do seu cheiro, grudado na cama,
Da expectativa por assistir seu olhar me pousar.
Mas as distâncias são completamente... Lugares.
É,. e só no seu rosto eu guardava todos os lugares
Que podia viajar, tomar, desocupar e cansar.

Paixão breve, como um abraço eterno no meio da chuva,
Paixão insana,

Que perdi pelo deserto das sombras da rua,
Com medo de ser falsa a dor, como política demagoga...
Mas nunca deixei de tentar libertar os desejos mais pesados
Por nossos corpos, por nossos ditados de dias só
Perdi seu cheiro com os cigarros que se cansaram,
Como cadernos que se escondem para não serem apagados,
Como conquista por proclamação de versos roubados,
Risadas avulsas no palco fundo de um drama!

Ah,
Há quem dance!

Mas talvez, fossem apenas dias envelhecidos de um romance,
Em que tive seu gosto tatuado por toda cama...
Longe e tão perto era:
A mágoa do olhar de um personagem de filme argentino,
O piso firme perdido em milhares quilômetros de lama,
O amor hostil da farofa sarcástica de Tarantino.
 
Há quem dance!

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