terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cruzamento

Embaixo desse sol ,
Constatei que nenhum pensamento mergulha em seu abismo.
E foi com todo esse suor que senti o mais charmoso frio,
Que me fazia apertar-me sem que entendesse seu abismo!


E isso durou menos de um segundo, na Segunda,
Em segundo plano, como precipício em tela de pintura...
De longe seu semblante na paisagem, sua pele e cintura...
Insustentavelmente leves, que me faziam perder de seu abismo,
Que me faziam voar por seu abismo.


Embaixo daquele sol laranja, vendo plano d`agua embaçado,
Te olhei com um amor suicída, com uma indiferença de pijamas...
Como uma brisa pousada sob uma árvore, sorri e imaginei te beijar.
Andei embriagado em sua direção e só abracei seu cheiro pelo ar,
Que saiu de ti com o vapor- arte do suor, sem que me visse...
Sem que me visse te atravessar!

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