sábado, 2 de abril de 2011

Não te cales.Não me cales.( afasia selvagem)

Não te cales, não me cales. Abra-te como uma flor que se descobre
Exalando sua cor, coberta de amor e dor, dormida em seu ignóbil explendor.
E recolha, por favor, seu olhar pernóstico, seu movimento pérfido e parnasiano,
Morra e ressucite em mil enganos, enquanto vive no seu beijo, o meu coração ,
Insano , a pendular sem tração.

Eu me disparo, por dentro, ao percebê-la de repente,
E ajo antes do pedido do desejo ou abraço. E , ainda, depois ,
Que me julgue delinquencialmente improcedente.
Mas, acontece que isso não nos exterioriza a dois.

Exporte seu cheiro, faça meu esporte;
Não fale, me grite, me pinte e atue na minha morte
Com o asco heróico e militante, subversão da boa sorte.
Seja minha guerra, meu carnaval, meu ponto e meu corte.
E suma, por longos tempos e breves ares, pra longe do meu forte.
Mostre porte e me conforte, me deixe, me aborte!

Mas não me cales, não te cales.

Um comentário:

  1. você está escrevendo cada vez melhor (opinião de uma pessoa que escreve por hobbie mas que adoraria fazer isso pra vida).

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