terça-feira, 1 de março de 2011

Tropeço

Seu beijo, um lago quente ao alto de uma montanha escondida ,
Em uma pausa cansada de bando, que no voo se dissolve.
Traz um excesso que encanta, por dentro da mágoa moída...
E nesse lago,  um oceano se envolve.

De Neruda, usurpo e exponho o maior naufrágio.
Contudo, rasgue qualquer elogio, pois recolho ...
Recolho sem qualquer sufrágio.
Mas quem sabe, um dia lhe direi de volta
A  mais maliciosa fragância de flor, que a paixão solta!

-Vinte poemas de amor,
  Uma alígera trepada,
  E uma canção desesperada !-

Não sei...

Acontece que respiro por meu arquipélago de sentimentos,
Que se desfaz, se distrai, se espanta e se desmancha!
E por noites se encanta, com a "brahma" que me ama
Fazendo-nos proporcionar amor isento...

- Mil contos de paixão,
  Uma intensa noitada,
  E uma eterna, enquanto breve, gargalhada!-


Sem você, findável criação de tormentos,
Trecho de músicas esquecidas,
Poeira de tardes exauridas,
Caminhei na mão e contra-mão de libertos ventos!
Porém , Agora, distante , em póstumo naufrágio - salvo a Pablo-
Mergulho em um arquipélago de pretéritos momentos.




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