sábado, 26 de março de 2011

Gravado

Acordei em uma sociedade de moda, ilustrando mudos sorrisos modernos,
Contaram- me sobre funções e horas marcadas, sem diferença pra verão e invernos.
Aprendi, de tanto notar, que  o caro é o escasso, assim nem liguei ao começar a gastar,
Que de tanto feliz me fiz,  mal conseguindo os conectivos dativos pra raciocinar.

Boa foi uma lei para me sancionar!
E me lançar na projeção do mundo protocolado,
Informações a ter, é força para ser um ladrão arrumado.
-Não fique cansado, mas sim preparado, por hora retardado, tipo...
Mais ou menos controlado.

No final, tanto me rendi ao corte de linguas, que meu racicíono ficou atrofiado
E assim não consigo um texto mais elaborado.
Amanhã ja é Segunda, dormirei com meu desperdor ligado.

Meu status já está gravado.

quarta-feira, 9 de março de 2011

(L)

Eu desculpo, sem saber se devo, perdido nas alegorias,
Nas avenidas, nos becos do seu sorriso recolhido.
Perfume ausente, choroso no mar de alegrias;
Sou um palhaço indigno, no carnaval, perdendo

Vozes despertas,
Melodias corretas,
Ruas desertas
E paixões incertas.

Levei a desculpa, bêbada ao som de gargalhada
Uns tons de festa e amor, um copo de confetes e mais nada.
Iníquo samba me tocou, quando o fócuo dessa festa falhou,
Zerando minhas contas de segundo para ter ver, perdida, por acaso.
Acontece que queria um motivo pra te gritar e não te perder.

terça-feira, 1 de março de 2011

Tropeço

Seu beijo, um lago quente ao alto de uma montanha escondida ,
Em uma pausa cansada de bando, que no voo se dissolve.
Traz um excesso que encanta, por dentro da mágoa moída...
E nesse lago,  um oceano se envolve.

De Neruda, usurpo e exponho o maior naufrágio.
Contudo, rasgue qualquer elogio, pois recolho ...
Recolho sem qualquer sufrágio.
Mas quem sabe, um dia lhe direi de volta
A  mais maliciosa fragância de flor, que a paixão solta!

-Vinte poemas de amor,
  Uma alígera trepada,
  E uma canção desesperada !-

Não sei...

Acontece que respiro por meu arquipélago de sentimentos,
Que se desfaz, se distrai, se espanta e se desmancha!
E por noites se encanta, com a "brahma" que me ama
Fazendo-nos proporcionar amor isento...

- Mil contos de paixão,
  Uma intensa noitada,
  E uma eterna, enquanto breve, gargalhada!-


Sem você, findável criação de tormentos,
Trecho de músicas esquecidas,
Poeira de tardes exauridas,
Caminhei na mão e contra-mão de libertos ventos!
Porém , Agora, distante , em póstumo naufrágio - salvo a Pablo-
Mergulho em um arquipélago de pretéritos momentos.