quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Momento de bar

Estava para chover aquele dia , ou ,talvez , para a chuva parar.
Não era dia, não era tarde.Veio uma cerveja para parar e comparar.
Do tempo tem-se algo para falar. - Mas , cara, para e não compara!
-Olhe na minha cara e não diz que a gelada é cara.

Da noite vinha vida, vi da vizinha algo piscar
Marcela, o nome dela ou algo do tipo...
Tipo, não conseguia lembrar.

-Já cansou , já cantou, ou ta sem jeito, Jão?
-São muitas horas para estar são.
-Sai mais outra loira, uns beliscos com pão...!
-Um copinho com aquele quentão!

Agora é madrugada, sinto a brisa da praia,
Mas aqui não tem mar,
Não.
- Foi bom você lembrar.
Fecho o olho e ,então, volto a comparar.

-Tens ainda troco?... Pois o meu já é pouco!
-Já gritei, já tou torto, já tou rouco.
E como loucos, vimos a vizinha Daniela voltar...
-Não era Marcela?
Quero ver o nome sambando da boca dela...
-Pergunta pra ela!
-Oi tudo bem?
-Não vem. Já era!
Não colou, perdi a fala...
- Cara, vira isso logo e paga!

-Para!

-Tenho uma incerteza fugaz
Para beber, não sei o que me faz
Inverto a fala,
Não me dão alguma pala.
O que esta vida me traz?
Ja sei. - Daqui pra trás nao bebo mais!

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