Meu lugar
Meu lugar está tão cheio que as paredes se calam vazias,
O som de nada me arranha, meu olhos a clamam
Só que não enxergo, não enxergo.
Meu lugar tem chuvas dos pedaços de tetos inconcretos,
Carta com choros e coisas que nunca escreverei.
Dez guimbas amareladas, minha boca seca, meu amor rebelde,
Um disco quebrado do Caetano, a cama mal feita. O cigarro frio.
Dez mil noites com ventos afoitos contra a janela.
Fotos! Uma estrada infinita e comprimida em m²,
Risadas e silêncios de poesias que não rimam.
Uma guitarra sentimental e sem inspiração cai
No meu lugar os rostos estrangeiros se acalmam,
Os cheiros são largos!
Meu lugar é um labirinto infinito de orgulhos e vergonhas,
Selvas de alguns fins de carnavais; segundas- feiras mortas.
Segundos, segredos e sonhos senis.
Meus abismos se embrulham pelos lençóis da cama,
No meu lugar,
Habitam desordens românticas, umas frases ruins, lembranças
de beijos, festas e demissões. Liberdade e prisão!
Vinte pratos pouco limpos e copos esquecidos pelos vícios
E plenitudes, ritmos loucos. Uma dor da saudade de Salvador,
Um medo carioca. Remédios rudes e clareza tênue.
Meu lugar pode ser tão cheio que as chaves eu acho sem querer
A luz de nada me umedece, meus olhos a clamam
Quando a enxergo, quando a chamo, quando canto.
Só que ela acha que eu quero ser vanguarda.
E o mundo se vai com um vento...
Meu lugar está tão cheio que as paredes se calam vazias,
O som de nada me arranha, meu olhos a clamam
Só que não enxergo, não enxergo.
Meu lugar tem chuvas dos pedaços de tetos inconcretos,
Carta com choros e coisas que nunca escreverei.
Dez guimbas amareladas, minha boca seca, meu amor rebelde,
Um disco quebrado do Caetano, a cama mal feita. O cigarro frio.
Dez mil noites com ventos afoitos contra a janela.
Fotos! Uma estrada infinita e comprimida em m²,
Risadas e silêncios de poesias que não rimam.
Uma guitarra sentimental e sem inspiração cai
No meu lugar os rostos estrangeiros se acalmam,
Os cheiros são largos!
Meu lugar é um labirinto infinito de orgulhos e vergonhas,
Selvas de alguns fins de carnavais; segundas- feiras mortas.
Segundos, segredos e sonhos senis.
Meus abismos se embrulham pelos lençóis da cama,
No meu lugar,
Habitam desordens românticas, umas frases ruins, lembranças
de beijos, festas e demissões. Liberdade e prisão!
Vinte pratos pouco limpos e copos esquecidos pelos vícios
E plenitudes, ritmos loucos. Uma dor da saudade de Salvador,
Um medo carioca. Remédios rudes e clareza tênue.
Meu lugar pode ser tão cheio que as chaves eu acho sem querer
A luz de nada me umedece, meus olhos a clamam
Quando a enxergo, quando a chamo, quando canto.
Só que ela acha que eu quero ser vanguarda.
E o mundo se vai com um vento...
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