domingo, 30 de setembro de 2012

Sem dizer que as malas choram

Sem conhecer
Terras sem fim invadem meus olhos de solidão,
No escuro de um pequeno quarto...
Vivendo a claridade invasiva do Sertão.

Um barulho encravado de respirar,
Sobre pilhas de conforto.

Só que..

Um gole de sufoco ardido,
Um timbre no estômago
Pela saudade de" irá fazer, sem haver como ter feito."
Saudade do tipo "se pudesse estar lá".
Não há mais razão para goles de sentido.

Aí,
me vi Perdido nos terrenos abandonados, e imensos de cantar
As menores vergonhas das flores...
Só para contrapor e compor a dores mais bonitas:
Estar pendurado nas fendas de Chapadas sobre o serrado,
E sonhar...catarses.


Até acordar, fumando um cigarro
Olhando, pela janela, a distante companhia das luzes fugazes.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Andar pra si

A pele inexiste enquanto um silêncio miúdo,
E é nos dias sem felicidade que se valoriza um sorriso ruim.
Como se houvesse um sabor desse jeito.
Ser óbvio é mais que um endosso limite de fins,
Ignora o peito, implode paredes no peito.

Não se desculpe, se carrega o vento e a tempestade,
Como eu não o faria- desvalorizando um toque de seu beijo
Só por tê-lo.

Enquanto fala do certo, replanta muros e  invernos,
Cansaço ameno ao se pôr
Em despedida, com os olhos quase eternos.
Sabe, porém, que a pele inexiste enquanto não há dor.