Forçou os olhos em aperto,
Começo a pensar e construir:
Instrumentos de uma paixão violenta por violetas,
Flores eram descritas por violas tocadas por Ele
- Tomado por velozes goles de vinho-
Que dos campos vinha só com o vento.
Era uma banda harmonizada só com a mente,
Que tocava como se chorosa estivesse sobre corpos,
Capados entre muitos, cobertos de massacre.
Era só sua mente, e a trama a desgovernar...
E neste palco pulavam pulgas pelas orelhas,
Pecavam, pintavam sobre os pianos os personagens.
Essas pulgas não os deixavam pernósticos ou pinóquios
Anti- pedantes eram esses artistas da inversão!
Na platéia, Ele não queria diretor!
Pois a arte é pura cor e rancor e dor e amor e horror e fulgor... !
Rouca era sua mente; mas não seria ele mesmo O diretor?
Abortou-se da mesma para ser a sua multidão contida,
A multidão de existência refletida fora de si.
- A multidão é o próprio homem em sua condição de recolhimento-
Observador!
Então começou:
Versos verticais varrendo o teto e chão a fora,
Vendaval de muitas músicas e versáteis poesias,
Via-se em si como se para fora, verdadeiro!
Sem ter-se por contido pela verdade vulgar. E gritava:
- Não volto para o mundo! Calem a vanguarda!
A alma dança até o amanhecer da madrugada...
A peça de seu sentimento era chorosa, enquanto gargalhava...
Ele
Inventava...
Era a platéia de um corpo só,
O teatro de um homem só- E o Governador estava morto...
E inúmeros eram os cavalheiros e donzelas,
Vazias e melancólicas eram as vielas
Acariciadas pelo vento.
O governador estava morto, o Estado sem ventre.
Venta e enquanto tudo voa, a visão se cria.
E Ele:
Coração de verniz, brilhoso e solitário
Um violino áspero a vagar pelas notas,
Como colinas, vilas, cidades e países fossem.
Viajante dos beijos e mundos vagos!
Poeta em seu próprio vão
(Violentado pelo veneno de uma vodka vagabunda)
Comprando, num trem invisível, seu próprio vagão,
Só para ter todos ângulos da janela, todos mais certos que um não.
Real é a mente,
Ou sua mente era o irreal mais verdadeiro,
Sentimento mais indescritível que flor fina na escuridão!
Realmente,
Ilimitada e rica é a solidão.
Então riu, pois...
Hostil e descritor é só Bukowski.
Começo a pensar e construir:
Instrumentos de uma paixão violenta por violetas,
Flores eram descritas por violas tocadas por Ele
- Tomado por velozes goles de vinho-
Que dos campos vinha só com o vento.
Era uma banda harmonizada só com a mente,
Que tocava como se chorosa estivesse sobre corpos,
Capados entre muitos, cobertos de massacre.
Era só sua mente, e a trama a desgovernar...
E neste palco pulavam pulgas pelas orelhas,
Pecavam, pintavam sobre os pianos os personagens.
Essas pulgas não os deixavam pernósticos ou pinóquios
Anti- pedantes eram esses artistas da inversão!
Na platéia, Ele não queria diretor!
Pois a arte é pura cor e rancor e dor e amor e horror e fulgor... !
Rouca era sua mente; mas não seria ele mesmo O diretor?
Abortou-se da mesma para ser a sua multidão contida,
A multidão de existência refletida fora de si.
- A multidão é o próprio homem em sua condição de recolhimento-
Observador!
Então começou:
Versos verticais varrendo o teto e chão a fora,
Vendaval de muitas músicas e versáteis poesias,
Via-se em si como se para fora, verdadeiro!
Sem ter-se por contido pela verdade vulgar. E gritava:
- Não volto para o mundo! Calem a vanguarda!
A alma dança até o amanhecer da madrugada...
A peça de seu sentimento era chorosa, enquanto gargalhava...
Ele
Inventava...
Era a platéia de um corpo só,
O teatro de um homem só- E o Governador estava morto...
E inúmeros eram os cavalheiros e donzelas,
Vazias e melancólicas eram as vielas
Acariciadas pelo vento.
O governador estava morto, o Estado sem ventre.
Venta e enquanto tudo voa, a visão se cria.
E Ele:
Coração de verniz, brilhoso e solitário
Um violino áspero a vagar pelas notas,
Como colinas, vilas, cidades e países fossem.
Viajante dos beijos e mundos vagos!
Poeta em seu próprio vão
(Violentado pelo veneno de uma vodka vagabunda)
Comprando, num trem invisível, seu próprio vagão,
Só para ter todos ângulos da janela, todos mais certos que um não.
Real é a mente,
Ou sua mente era o irreal mais verdadeiro,
Sentimento mais indescritível que flor fina na escuridão!
Realmente,
Ilimitada e rica é a solidão.
Então riu, pois...
Hostil e descritor é só Bukowski.