sábado, 17 de julho de 2010

Flor púrpura


Estava ausente de ânimo, recorrendo ao abrigo do bar
Gotas caiam do céu, de forma amena, refrigeradas por um vento perdido.
Não queria ficar sóbrio de falta de amor, no meu mundo escondido.

Os becos marginalizavam minha solidão
Carente de cada nova esquina.
Não procurava nem por um sim, muito menos por um não.
Ventava , ventava e ventou.Senti toda endorfina.

Eis que ela surgiu, mesmo sem saber
Mesmo sem saber eu, que era por ela mesmo.
Não houve nada, mas senti algo bonito a esmo, no sabor do seu cheiro
Algo que mesmo refletindo, não saberia escrever.

Diria, Flor Púrpura,
Como quis
Um codinome delicado,
Porém sem pretensão de recado.
Sem pretensão de amor póstumo,
Como se diz...
Sem a notificação de multidão de um cem?
De qualquer forma
Assim, como dormi feliz.


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