Há urgência em teus olhos,
Ou nos meus,pesados a cada noite.
Há sufoco na angústia
E pouca voz em nossa fala.
Abraço-me,escandaloso,com todo amor,
Na dor,prazeroso e egoísta,
Voando contra a liberdade altruísta.
Em nossos olhos, não vejo cor!
Neste escuro,jogo o azar pelo teu beijo,
Se rir é desespero,chorar é falso apego.
Louco alucinado é um modo em que me vejo,
O qual a harmonia é um frustrante desemprego.
Há euforia nesta lágrima,em meu semblante cheio,
Venero-te,te quero,te espero
Enquanto, te cuspo,te enterro,te amo e te odeio!
Se existes,confesso que nao sei,
Contudo,berrando, eu cansei,eu ousei
No interno latifúndio inócuo,onde sou o rei,
Do olhar cheio d´água,sem interior vão,
Pois tristes e vazios ,no deserto,estão
Aqueles que nunca sofreram de paixão.
Distrativa,insultada,inventada,ou não!
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