segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Nossa presença, uma bomba com cheiro de toda cor Das ruas se entopem os ventos para passarmos com amor. Voam histórias pelos dias, nas conversas contigo Mesmo sabor, mesmo sabor. Só digo que estou O cansaço num guardanapo esquecido no bolso. Num beco esmagador, um beijo esmaga a dor Da incerteza triste da cidade e de toda sua violência! Nos abraços escuros embrulhamos uma vivência De encontros quase cegos, quando choramos por ninguém, Quando ele ou ela se reivindicam alguém. Quando choramos. E todos querem ser melhor que uma mentira bem contada, Todos doemos em algum lugar, Todos se emocionam em alguma alvorada. Presos ou condicionados, voamos agarrando as mesmas grades Vivenciados de esperança, de nossas drogas e muitas danças. E quem é mais livre sem as máscaras? Que criam...novos ares, Artes, apelos, olhares, súbitos drinques quentes de semelhanças. Nossa presença irreverente é uma imperfeição obscena e vivaz, Aquilo que não se apropria, nem se distingue. Resiste a todo gás. Temos letras trêmulas e amizades perdidas de tão amadas e próximas. Sonhos zoados, mentiras insóbrias, truques enquanto abraços. Nisso tudo, miro apenas um ímpeto de viver e questionar maldades. Para os meus irmãos, humanos de carne, a liberdade!
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